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Como tudo começou…

Há quem diga que falar de si é algo muito difícil, mas para mim é um prazer, porque sinto que sempre fui agraciada pela vida. E eu não poderia falar da minha história sem falar sobre a minha base: meus pais. 

Celio e Edneia se conheceram ainda adolescentes e se casaram muito jovens, em janeiro de  1993, em dezembro do mesmo ano se tornaram pais, ainda com 20 e 22 anos.

Mesmo com pouca idade, sempre tiveram uma sabedoria admirável, e são os responsáveis por me ensinar sobre valores e princípios

Morei até os anos no sítio dos meus avós paternos, depois nos mudamos para Ouroeste-SP, cidade que tem todo o meu carinho, ali cresci e vivi até parte da minha adolescência. 

Minhas melhores lembranças são as brincadeiras com meus vizinhos e primos, na rua e no sítio. Lá, subíamos em árvores e brincávamos na terra. O contato com a natureza e a liberdade que tanto me fizeram feliz. Muita vitamina S e Vitamina N (Sujeira e Natureza)

Um fato curioso sobre nossa família é que, por opção, não tínhamos TV em casa!

Sim! Nossos momentos em casa eram dedicados ao convívio em família, muitas conversas, histórias, leituras e brincadeiras. O precioso tempo de qualidade em família!

Sempre vi meus pais trabalhando e batalhando muito e isso me ensinou um dos valores que levarei para sempre comigo: o trabalho nos honra! Colhemos aquilo que plantamos…

Éramos muito felizes em 3, mas eu queria companhia e comecei a pedir muito para ter uma irmã. Quando tinha 4 anos, meus pais me presentearam com a Luana e ela chegou pra me ensinar que a vida é muito mais feliz quando pode ser compartilhada. 

Mesmo tendo duas filhas, uma de 6 e outra de 2 anos de idade, e uma loja de roupas para gerenciar, meus pais decidiram voltar a estudar. Eles sabiam da importância do ensino superior. Minha mãe cursou administração de empresas e meu pai engenharia civil.

Foi fácil: Definitivamente NÃO! Mas eles não desistiram, e assim me ensinaram que, com persistência, podemos chegar onde quisermos.

Desde muito cedo acompanhava meus pais no trabalho e, por muitas vezes, eu era a responsável por abrir e fechar a loja, fazer vendas e cuidar do caixa. Dividia o meu tempo entre estudar e trabalhar.

Trago muitas lembranças de pessoas queridas dessa fase. Foi quando aprendi muito sobre o valor cliente, o tratamento respeitoso e a importância da escuta atenta. Ensinamentos que trago para a medicina, no cuidado dos meus pacientes. 

Como contei, eu pedi muito meu primeiro presente, mas o segundo veio de forma inesperada.

Um pouco antes de eu completar 14 anos, meu irmão, Henrique, chegou para me mostrar que os planos de Deus são sempre muito maiores e melhores que os nossos

O sonho de ser médica é mesmo muito antigo. Pelo que me recordo, com 7 ou 8 anos eu já dizia que seria médica pediatra e, nas brincadeiras, adorava cuidar de outras crianças

Talvez ninguém imaginava que isso se realizaria, mas me lembro de ouvir muito sobre meu comportamento “responsável” para a idade e sobre meu “cuidado” com as outras pessoas 

Nunca houve cobrança ou pressão, era algo genuinamente meu e isso amadureceu com a observação atenta da profissão

Passei a admirar a medicina cada dia mais e sempre falei com orgulho dos meus tios médicos.

Me lembro de ouvir meus pais falarem com muito respeito do meu pediatra (Dr Luiz Baraldi – Fernandópolis-SP) e me recordo dos comentários da minha mãe sobre ele não gostar de receitar muita medicação e de ficar bravo em relação ao consumo de doces e fórmulas (Obrigada Dr ).

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